HST 5853 – História, Medicina e Sociedade

NÚMERO DE HORAS-AULA: 72 horas-aula
PRÉ-REQUISITOS: Não há

EMENTA

Estudo da constituição da medicina enquanto saber científico, seu papel na sociedade ocidental, suas estratégias de hegemonia e as resistências a ela.

OBJETIVOS

Estimular o interesse do estudante em vislumbrar o pensamento médico enquanto objeto de estudo do historiador .
Mostrar a importância do estudo das práticas e saberes médicos para uma melhor compreensão da sociedade ocidental, considerando que a atuação médica foi decisiva na inserção e no desenvolvimento de valores peculiares a esta sociedade.
Proporcionar o conhecimento de como se deram as transformações da biomedicina, desde seu nascimento enquanto ciência até a constituição de outros saberes médicos divergentes, levando em conta sua historicidade.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

    1. A Construção da “Sciencia Medica”

  •         Bases do racionalismo científico moderno
  •         A constituição da medicina enquanto saber científico
  •         Pensamento médico e seu papel na sociedade ocidental

    2. A Medicina e a Sociedade Brasileira

  •         A atuação do saber médico na história brasileira
  •         Medicinas concorrentes: o caso da homeopatia no Brasil

    3. Medicina e História

  •         A tradicional “História da Medicina”
  •         Abordagens recentes sobre o pensamento médico nas ciências humanas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BERTOLLI FILHO, Claudio. Epidemia e sociedade. São Paulo, 1986. Dissertação (Mestrado em História) – FFLCH, USP.
CANGUILHEM, Georges. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1978.
CHALOUB, Sidney. A cidade febril. S. Paulo: Cia das Letras, 1996.
COSTA, Jurandir Freire. Ordem médica e norma familiar. 3 ed., Rio de Janeiro : Graal, 1989.
D’HOUTAUD, Alphonse; FIELD, Mark G. La santé; approche sociologique de ses représentations et de ses fonctions dans la société. Nancy: Presses Universitaires de Nancy, 1989.
FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1980.
______. Microfísica do poder. 8 ed. Rio de Janeiro : Graal, 1989.
______. A ordem do discurso. 2 ed. S. Paulo : Loyola, 1996.
LAPLATINE, François. Antropologia da doença. S. Paulo : Martins Fontes, 1991.
LE GOFF, Jacques. (org.) As doenças têm história. Lisboa : Terramar, 1985.
LOPES, Octacílio de Carvalho. A medicina no tempo. S. Paulo : Melhoramentos/USP, 1970.
LUZ, Madel T. Natural, Racional, Social. Razão médica e racionalidade científica moderna.
______. Medicina e ordem política brasileira. Rio de Janeiro : Graal, 1982.
MACHADO, Roberto et alii. Danação da norma: medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro : Graal, 1978.
NOVAES, Ricardo Lafetá. O tempo e a ordem: sobre a homeopatia. S.Paulo : Cortez, 1989.
PIRES, Denise. Hegemonia médica na saúde e a enfermagem. São Paulo : Cortez, 1989.
RAGO,Luzia Margareth. Do cabaré ao lar: a utopia da cidade disciplinar. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1985.
ROSEN, George. Da polícia médica à medicina social. Rio de Janeiro: Graal, 1989.
SANTOS FILHO, Lycurgo. História geral da medicina no Brasil. S. Paulo : Brasiliense, 1947.
_______. História geral da medicina brasileira. S. Paulo : Hucitec, 1977.